sábado, 26 de maio de 2012

Apoio dos estudantes de Serviço Social


OS ESTUDANTES DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DA ESCOLA DE SERVIÇO SOCIAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO VÊM A PÚBLICO DECLARAR O APOIO À GREVE NACIONAL DOS DOCENTES


Os estudantes do Programa de Pós-Graduação da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro – ESS/UFRJ, reunidos em assembleia, no vinte e dois de maio, após deflagração da greve pelos docentes desta Universidade, decidiram por apoiar esta luta, a qual tem como reivindicação a reestruturação da carreira docente, a valorização do piso e incorporação das gratificações, a melhoria das condições de trabalho docente, e constituir o movimento de greve. 
A greve deflagrada coloca a necessidade urgente de retomar a defesa da universidade pública, gratuita, de qualidade, laica e socialmente referenciada como projeto que vem sendo abandonado nos últimos governos. É preciso, portanto, avançar na mobilização nacional pela garantia de ampliação do financiamento para a educação para reverter a gritante situação do ensino fundamental e médio, e o quadro atual da universidade pública brasileira, pois nos deparamos, nos últimos anos, com um acelerado e violento processo de sucateamento e precarização das condições de trabalho docente. 
Se, por um lado, o plano de reestruturação do ensino superior ampliou o número de vagas e investimento nas universidades federais, por outro, inversamente proporcional a esse crescimento estão às condições de trabalho, de ensino, de pesquisa, de extensão, de remuneração, de perspectiva de carreira a que estão submetidos os docentes destas universidades. 
A política de incentivo à pesquisa e produção do conhecimento vem sendo direcionada por um modelo produtivista que prejudica a qualidade e que não está referenciada nos interesses populares. Esse modelo hierarquiza as áreas de conhecimento e prioriza apenas algumas áreas e “centros de excelências” que atendem aos interesses de grandes grupos privados e não os interesses populares; a diferença de recursos para pesquisa, numero de bolsas, infra-estruturas entre as áreas priorizadas e as outras áreas é gritante. Os estudantes da pós-graduação no país inseridos nesse contexto enfrentam obstáculos para desenvolver sua produção científica com autonomia e direcionada a superar as condições objetivas deste país. Enfrentamos também o desafio de acesso e permanência na pós-graduação pelo reduzido numero de bolsas, pela estagnação de seu valor, e pela inexistência de uma política de assistência estudantil.
Por isso, consideramos fundamental o apoio e a construção coletiva da greve, e solicitamos à incorporação no calendário de lutas às seguintes reivindicações: 
• Questionamento das diretrizes produtivistas da CAPES/CNPq quanto à pesquisa científica, bem como ao tratamento desigual entre as diferentes áreas;
• Ampliação do número de bolsas e do valor das mesmas;
• Política de assistência estudantil que contemple os estudantes da pós-graduação, especialmente moradia e restaurante universitário;
• Melhores condições de trabalho e infra-estrutura, tais como: estruturação das bibliotecas (acervo bibliográfico e espaço físico), salas de estudos individuais e coletivas, laboratórios de informática, entre outras.
Mediante esse quadro, reafirmamos a nossa luta por uma universidade que priorize os interesses populares. Nesse sentido, conclamamos todo o corpo discente da UFRJ a somar nessa luta. 



Nós podemos tudo, nós podemos mais. Vamos lá fazer o que será. (Gonzaguinha).



Assembleia dos Estudantes da Pós-Graduação da Escola de Serviço Social - UFRJ.

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