sexta-feira, 13 de julho de 2012

CEPG aprova moção de apoio à greve

Colegiado vota resolução com diretrizes que buscam minimizar prejuízos a quem aderiu à paralisação


O Conselho de Ensino para Graduados (CEPG) aprovou na sexta-feira, 13, uma resolução que estabelece diretrizes e recomendações sobre a relação da greve com programas de pós-graduação: “Tendo em vista a greve deflagrada por docentes, discentes e técnico-administrativos da UFRJ , o CEPG recomenda que as Comissões de Pós-Graduação e Pesquisa (CPGPs) e as Comissões Deliberativas dos Programas de Pós-Graduação (CDs) adotem medidas necessárias e adequadas para minimizar os prejuízos aos Programas e aos estudantes, professores e funcionários que tenham aderido ao movimento”, diz o documento. Os conselheiros aprovaram ainda uma moção de apoio ao movimento grevista nas universidades federais brasileiras que afirma: “ser indispensável a imediata retomada de negociação entre o Governo e as entidades representativas da comunidade universitária”. Os dois documentos estão disponíveis, na íntegra, no site da Adufrj-SSind.

A bancada estudantil conseguiu inserir no artigo primeiro (que trata de prazos) do documento original um parágrafo 6º com a redação: “Nenhum aluno grevista será penalizado por perda de frequência em disciplinas que não tenham sido paralisadas”. Contudo, os conselheiros não absorveram a demanda estudantil por um parágrafo seguinte que garantisse a reposição de aulas de estudantes em greve. “Na última sessão, tivemos um longo debate sobre a importância de resguardar o direito dos estudantes que não aderiram à greve. E hoje, não conseguimos garantir o direito daqueles que pararam. Está claro que o Conselho priorizou o direito de alguns em detrimento de outros”, avaliou Leila Leal, representante discente e pós-graduanda da Escola de Comunicação (ECO).

O argumento da bancada estudantil não sensibilizou os demais representantes. Alguns docentes apresentaram o “abandono justificado (J)” como alternativa para os estudantes em greve que, no lugar da reprovação, amargariam uma reinscrição na disciplina no lugar da reposição das aulas. Na prática, porém, fica claro que os alunos grevistas serão penalizados.



MOÇÃO

Considerando que a universidade brasileira tem contribuído de maneira inequívoca para o avanço do conhecimento, para a formação de profissionais de alto nível e, sobretudo, para a construção de uma sociedade mais justa e próspera, e que as suas condições objetivas de funcionamento se encontram ameaçadas por uma postura intransigente do governo federal de não negociar demandas amplamente reconhecidas como necessárias, urgentes e justas, o Conselho de Ensino para Graduados da UFRJ, reunido em 13.07.2012, avaliando o quadro da greve nos 3 segmentos desta universidade,

- reconhece a legitimidade do direito à greve;

- entende ser indispensável a imediata retomada de negociação entre o Governo e as entidades representativas da comunidade universitária.


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