domingo, 19 de agosto de 2012

Sai UFSC e UNB da greve

UltimoSegundo IG: Greve dos professores acaba na UnB
Universidade é a primeira ligada ao Andes a decidir pelo fim da paralisação, que já durava quase três meses. Assembleia realizada na tarde desta sexta decidiu retomar as aulas na segunda-feira
Priscilla Borges - iG Brasília | 17/08/2012 18:30:07

Os professores da Universidade de Brasília (UnB) decidiram acabar com a greve da instituição, que já durava quase três meses. Em assembleia realizada pela Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB), o fim da paralisação foi decidido por 130 a 115 votos. As aulas serão retomadas já na segunda-feira.

Com essa decisão, a instituição é a primeira universidade ligada ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) a interromper a greve. Rafael Morgado, presidente da ADUnB, disse que os professores e o sindicato não debateram implicações da decisão e posições sobre a proposta apresentada pelo governo aos grevistas.

“Os professores decidiram romper com o movimento nacional e voltar imediatamente às salas de aulas. Agora, o calendário de reposição será definido pela reitoria”, afirma Morgado. O Ministério da Educação já vinha cobrando dos reitores, mesmo antes do fim da greve na maioria das federais, um cronograma para a reposição das aulas e das atividades paralisadas.

O governo encerrou a negociação com os docentes, assinando acordo com o Sindicato de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) , que representa apenas uma pequena parcela dos professores. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), ao qual a maior parte da categoria é filiado, recusou a proposta governamental e continua orientando as bases para endurecer o movimento grevista.

A proposta do governo federal também foi recusada por duas entidades de professores, o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).

Apesar disso, algumas instituições estão começando a retomar as atividades. Parte dos professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) decidiu nesta quinta-feira suspender o movimento grevista. O grupo de docentes ligado ao Andes-SN em Santa Catarina só decidirão a proposta de acabar com a paralisação no próximo dia 23.

As universidades federais do Rio Grande do Sul (Ufrgs); de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); de São Carlos (Ufscar) – câmpus de Sorocaba –; de São Paulo (Unifesp) – câmpus de Guarulhos – ; 12 câmpus do Instituto Federal do Paraná (IFPR) e três do Instituto Federal do Acre (IFAC) também decidiram retomar as aulas. No total, a greve envolve cerca de 2 mil professores.


Termina a greve dos professores na UFSC após 37 dias de paralisação
Foram 534 votos a favor do término da greve contra 418 pela continuidade.
Votação ocorreu das 8h30 às 18h30 desta quinta-feira (16) nos campi.
Joana Caldas - Do G1 SC
Recomeço das aulas depende doConselho
Universitário (Foto: Ediane Mattos/Cotidiano)

Os professores da Universidade Federal de Santa Catarina votaram pelo fim da greve da categoria. A votação ocorreu nesta quinta-feira (16) das 8h30 às 18h30 nos quatro campi da universidade: Florianópolis, Araranguá, Joinville e Curitibanos. Na contagem dos votos, foram 534 pelo fim da greve contra 418 a favor da continuidade da paralisação. Também houve quatro votos em brancos e três nulos. No total, foram 959 votos.

A greve começou no dia 11 de julho, após o final do primeiro semestre letivo. Os servidores técnico-administrativos continuam parados. O Conselho Universitário da UFSC, em reunião do dia 7 de agosto, já havia suspendido o começo do segundo semestre devido às greves. As aulas só devem voltar após nova reunião do Conselho, que deve ocorrer na próxima semana.

Assembleias ocorreram também durante
quarta-feira (15) (Foto: Clodoaldo Volpato/ Apufsc)

De acordo com a assessoria do Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc), a proposta do governo federal aceita pela categoria na votação desta quinta (16) inclui o reajuste salarial de 25% a 45%, a ser pago em três parcelas, sendo uma em cada um dos anos de 2013, 2014 e 2015. O reajuste de cada professor depende de fatores como se o mesmo é mestre ou doutor, se tem dedicação exclusiva e de quantas horas trabalha.

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