Trabalhadores fazem carreata na UFRJ pelo atendimento às suas reivindicações. Proposta apresentada pelo governo - de 15% parcelado em três anos - é rejeitada e greve continua. Em nova reunião, as 14h nesta sexta-feira, 10, o CNG-Fasubra apresentará contraproposta.
Mais uma vez, os técnicos-administrativos em Educação da UFRJ denunciaram, em ato de protesto, nesta sexta-feira, 10, o descaso do governo para com a categoria. Pouco depois das 6h da manhã, cerca de 150 servidores iniciaram uma carreata pelo campus, partindo da Praça da Prefeitura e percorrendo lentamente a Avenida Horácio Macedo rumo à Ponte do Saber. Enquanto isso, no acesso da Linha Vermelha, pneus queimando impediam a entrada.
A carreata interditou as três pistas da avenida. O congestionamento que logo se formou tomou proporções, atingindo a Ilha do Governador e a Avenida Brasil. Carros do Corpo de Bombeiros seguiram pela contramão para conter o fogo nos pneus. Policiais militares do 17º Batalhão (da Ilha do Governador) passaram a acompanhar a carreata, tentando desafogar o trânsito.
Pouco mais de uma hora do início do protesto, a polícia pediu a liberação de uma pista informando que o caos estava instalado na cidade.
Segundo a coordenadora geral do Sintufrj, Neuza Luzia, os servidores manifestavam seu repúdio à proposta do governo de reajuste de 15% parcelado em três anos. “A nossa reivindicação é por reajuste salarial, pelo aumento da diferença entre níveis, (de 3,5% para 5%), por uma política de carreira, por melhores condições de trabalho, em defesa da saúde e da educação e contra a privatização dos hospitais universitários via Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh)”, explicou Neuza, exigindo que o governo apresente uma proposta de fato.
Ocupação da Reitoria
Depois de uma breve parada na Ponte do Saber, na qual se encerrou a carreata com uma queima de fogos de artifício, os manifestantes ocuparam a Reitoria, fechando a entrada e vidraças com enormes plásticos pretos e faixas com críticas à proposta do governo.


Os manifestantes prometeram permanecer no local até conhecerem o resultado da negociação entre o CNG-Fasubra e o governo, prevista para 14h desta sexta-feira.
Pressão por negociação
O ato na Cidade Universitária integra uma série de manifestações em todo país convocadas pelo CNG-Fasubra para pressionar por resultados positivos na reunião com o Ministério do Planejamento, em que o CNG-Fasubra apresentaria a sua contraproposta.
Proposta do governo é insuficiente
No dia 6, depois de mais de dois anos sem reajustes, mais de 52 reuniões sem resultados e de quase dois meses de greve, o governo apresentou a proposta de 15,8%, dividida em três parcelas anuais, a partir de 2013. Para o CNG-Fasubra, além de não repor a inflação, a proposta do governo não reconhece a importância da categoria nem de sua luta.
O CNG-Fasubra reivindica a garantia de reposição da inflação a partir de julho de 2010 e a redução do prazo de implantação da proposta de três anos para um ano. A Federação reivindica também aumento no piso e aprimoramento da Carreira, entre outros itens.
Assembleia na UFRJ rejeita proposta e greve continua
Reunidos em assembleia-geral, na quarta-feira, 8, os técnico-administrativos da UFRJ disseram não à proposta do governo. Eles acataram o indicativo do CNG-Fasubra pela rejeição do que foi proposto pelo governo com a apresentação de uma contraproposta e a continuidade da greve.
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