domingo, 27 de maio de 2012

Portal UNE: Estudantes realizam assembleias e atos de apoio aos professores grevistas (Rio, Minas, Amazonas e Brasília)


Em greve nacional por tempo indeterminado desde o dia 17 deste mês, professores de universidades federais de mais de quarenta e três instituições reivindicam a reestruturação da carreira – prevista no acordo firmado em 2011 com o governo federal, além da valorização e melhoria das condições de trabalho nas universidades do país.

Atualmente, estão em greve instituições dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Maranhão, Alagoas, Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Minas Gerais, Brasília, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul. Ao lado dos professores, em defesa de uma educação de qualidade, estudantes de universidades de Minas Gerais, Amazonas, Brasília, Rio de Janeiro, entre outros, se organizam em assembleias e atos em apoio aos grevistas.

Durante o dia de ontem, em Brasília, estudantes da UNB passaram o dia em assembleia para debater a questão. Para o presidente da UNE, Daniel Iliescu, presente na reunião juntamente com outros 500 estudantes, torna-se fundamental agregar ao debate do movimento grevista o projeto da universidade brasileira.

‘’A UNE apoia a greve e é solidária à luta dos professores por um plano de carreira e por melhores salários, ao passo que  o movimento passa a ser importante também para conseguirmos mais qualidade e eficiência ao processo de reestruturação e expansão das universidades, com a valorização do professor, mais recursos pra assistência estudantil e ampliação das bolsas de pesquisa e extensão’’, afirmou.


ASSEMBLEIAS TAMBÉM NO RIO DE JANEIRO E AMAZONAS

No Rio de Janeiro, na UNIRIO, após uma grande assembleia, ontem, 24, que contou com ampla participação dos estudantes, foi declarada apoio aos professores e iniciada uma greve de ocupação dos estudantes. Na agenda da greve, oficinas, debates e atos públicos. “No momento acontece a primeira reunião unificada do comando de greve, quando serão definidos 35 nomes de estudantes, representando 15 cursos diferentes, para compor a comissão que vai tocar as atividades da greve a partir de segunda-feira”, explicou o coordenador do DCE da UNIRIO, Johny Heringe.

Os estudantes da universidade também reivindicam maiores investimentos em educação e pautasespecíficas da universidade.  “A abertura de concursos e efetivação dos professores, a conclusão das obras do bandejão, ampliação da moradia universitária e da rede de transporte universitário, equiparação das bolsas de permanência e pesquisa ao salário mínimo e reformulação imediata do estatuto da entidade”, completou a também  coordenadora do DCE da universidade, Tayná Paolino.

Já na UFRJ, haverá assembleia na próxima terça-feira, 29, às 13h no restaurante universitário.  “A greve tem tido mais apoio dos cursos de humanas. O curso de letras vai parar, ciências sociais, geografia, medicina entrará em greve por melhorias no Hospital Universitário, que é uma bandeira local”, explicou Igor Pinto, membro do DCE da UFRJ e do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira Igor Pinto, da Faculdade Nacional de direito.

No estado do Amazonas, a assembleia está marcada para quarta-feira, 30, no período da manhã, e ainda não tem local definido. Durante o encontro será debatido e apresentado o posicionamento das entidades gerais em relação à greve. ”A nossa prática é sempre em defesa de mais investimentos na educação. Valorizar o professor e aqueles que compõem a estrutura da universidade é um importante passo pra desenvolver o país. Hoje, a greve dos professores além de legítima pelas suas pautas é, na verdade, uma resposta à atitude do governo que descumpriu suas promessas em relação à educação.”,afirmou Beatriz Calheiro, presidente da UEE-AM.

A diretora de Universidades Públicas da UNE, Carina Vitral, reforça a posição das entidades estaduais. Para ela, o movimento dos professores merece todo apoio da entidade. ‘’Essa greve surge num período em que as universidades federais passam por vários problemas de estrutura devido à diversas ampliações realizadas, portanto é importante pressionar o governo por mais investimentos na educação”, disse.

MINAS GERAIS: ESTUDANTES VÃO ÀS RUAS EM TODO ESTADO

Durante o dia de ontem, 24, a estudantada foi às ruas de diversas cidades de Minas Gerais como Timóteo, Diamantina, Florestal, Uberlândia, Viçosa, Lavras, Varginha, Ouro Preto, Alfenas e Belo Horizonte para manifestar apoio à greve nacional dos professores e cobrar a destinação de maiores investimentos para a educação, como 10% do PIB e 50% do Fundo Social do Pré-sal para educação. 

O maior ato aconteceu em Belo Horizonte, onde a União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais (UEE-MG), União Nacional dos Estudantes (UNE), Diretório Acadêmico da UFV- Campus Florestal, Diretório Central dos Estudantes do CEFET e Grêmio do CEFET mobilizaram mais de 500 estudantes para uma passeata. “Esta greve está acontecendo em um momento propicio, um momento em que as discussões sobre o financiamento da educação se acirram no PNE, não aceitamos uma país que gasta 36% do PIB para pagar juros da divida pública, enquanto a educação fica apenas com 5%”, afirma Rafael Leal, Presidente da UEE-MG.

Além das manifestações, os estudantes também deflagraram greve estudantil em 8 Instituições do estado (UFU, UFV, UNIFAL, CEFE-MG, UFOP, UFLA, UFVJM, UFSJ).  “A mídia não falou uma linha sequer sobre a greve dos professores e a falta de investimentos na educação. Nós, estudantes, vamos fazer ecoar por toda Minas Gerais um grito pela educação Brasileira e nãovamos parar enquanto alcançarmos nossos objetivos,” completou Rafael.




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