Universidade Federal de Sergipe
Pelo fim da expropriação da força de trabalho do estudante bolsista maquiado de assistência estudantil!
O Conselho de Bolsista Trabalho da Universidade Federal de Sergipe saúda as mobilizações, as ocupações e as greves estudantis que foram deflagradas frente ao cenário de greve dos servidores das universidades e institutos federais.
Diante dessa articulação do movimento estudantil com o Comando Nacional de Greve Estudantil/ CNGE na busca de uma construção unitária da pauta de reivindicação ao MEC, bem como de perspectiva de atuação no pós greve, é que o Conselho de Bolsistas trabalho lança ao CNGE essa nota de colaboração ao movimento.
Com o advento do primeiro Plano Nacional de Educação/ PNE, se estabeleceu a adoção de programas de assistência estudantil, dentre eles a bolsa trabalho, visando apoiar o estudante em seu desempenho acadêmico, bem como a sua permanência na universidade. Isto por que, na década de 90 já se vivia uma expansão nas instituições federais de ensino superior e que demandava de mais pressão por ajuda estudantil. Portanto, desde o primeiro PNE que o governo federal vem pecando em estimular nas universidades a expropriação da força de trabalho do estudante de forma maquiada de política de assistência estudantil.
Assim, o estudante vulnerável socioeconomicamente está subordinado a realização de atividade laboral tendo como contrapartida o pagamento de uma mísera bolsa veiculada a uma política de assistência estudantil. Ademais, os mesmos não exercem, em sua maioria, atividades atreladas a sua área de formação, mas sim desempenha atividades de um técnico administrativo, de forma distorcida, precarizada e desvalorizada. Uma vez que, os bolsistas não são reconhecidos enquanto categoria de trabalhador, e essa realidade presente em boa parte das universidades (pra não dizer em todas) é resultado das metamorfoses no mundo do trabalho, a qual afeta indiretamente a forma de ser da classe trabalhadora, tornando-a mais heterogênea, fragmentada e complexa.
E é essa a lógica da IFES, de se apossar da nossa força de trabalho como mão- de- obra barata, reduzindo a abertura de concursos públicos para técnicos administrativos. E de se esconder atrás do programa de assistência estudantil, como política voltada para os estudantes de condições socioeconômicas baixa, possibilitando o complemento da renda familiar e a garantia da permanência dentro da universidade. Desta forma, não podemos apenas reivindicar ao governo e a reitoria a equiparação das bolsas a um salário mínimo se não fizermos a ratificação de qual caráter de bolsa queremos.
Em suma, infelizmente, é esse o caráter da Bolsa Trabalho espalhado em várias Universidades e Institutos Federais. Porém, há possibilidades de mudanças! Cabe a nós bolsistas trabalho, estudantes, nos organizarmos e tocarmos uma pauta acertada em defesa do “trabalho de estudo e não de servidor”, em defesa da Assistência Estudantil com qualidade e quantidade, que possa garantir aos filhos da classe trabalhadora o direito de ACESSO ao tripé da universidade (ensino- pesquisa- extensão) e a PERMANÊNCIA com condições dignas e satisfatórias. Além disso, temos a possibilidade de uma articulação com as entidades nacionais dos técnicos administrativos (FASUBRA, SINASEFE), bem como com as centrais sindicais (CUT, CTB e CSP- CONLUTAS) as quais têm em seu bojo a luta contra a precarização do trabalho.
Por fim, o Conselho de Bolsista Trabalho deseja uma boa luta unitária e que essa reivindicação também possa amadurecer a possibilidade de se criar um mecanismo combativo( a exemplo do conselho de bolsista trabalho da UFS e da UFES) a precarização do Trabalho, a garantia da Assistência Estudantil e a defesa da Universidade Pública e dos institutos federais.
13 de agosto, São Cristóvão- Sergipe
O Conselho de Bolsista Trabalho da Universidade Federal de Sergipe saúda as mobilizações, as ocupações e as greves estudantis que foram deflagradas frente ao cenário de greve dos servidores das universidades e institutos federais.
Diante dessa articulação do movimento estudantil com o Comando Nacional de Greve Estudantil/ CNGE na busca de uma construção unitária da pauta de reivindicação ao MEC, bem como de perspectiva de atuação no pós greve, é que o Conselho de Bolsistas trabalho lança ao CNGE essa nota de colaboração ao movimento.
Com o advento do primeiro Plano Nacional de Educação/ PNE, se estabeleceu a adoção de programas de assistência estudantil, dentre eles a bolsa trabalho, visando apoiar o estudante em seu desempenho acadêmico, bem como a sua permanência na universidade. Isto por que, na década de 90 já se vivia uma expansão nas instituições federais de ensino superior e que demandava de mais pressão por ajuda estudantil. Portanto, desde o primeiro PNE que o governo federal vem pecando em estimular nas universidades a expropriação da força de trabalho do estudante de forma maquiada de política de assistência estudantil.
Assim, o estudante vulnerável socioeconomicamente está subordinado a realização de atividade laboral tendo como contrapartida o pagamento de uma mísera bolsa veiculada a uma política de assistência estudantil. Ademais, os mesmos não exercem, em sua maioria, atividades atreladas a sua área de formação, mas sim desempenha atividades de um técnico administrativo, de forma distorcida, precarizada e desvalorizada. Uma vez que, os bolsistas não são reconhecidos enquanto categoria de trabalhador, e essa realidade presente em boa parte das universidades (pra não dizer em todas) é resultado das metamorfoses no mundo do trabalho, a qual afeta indiretamente a forma de ser da classe trabalhadora, tornando-a mais heterogênea, fragmentada e complexa.
E é essa a lógica da IFES, de se apossar da nossa força de trabalho como mão- de- obra barata, reduzindo a abertura de concursos públicos para técnicos administrativos. E de se esconder atrás do programa de assistência estudantil, como política voltada para os estudantes de condições socioeconômicas baixa, possibilitando o complemento da renda familiar e a garantia da permanência dentro da universidade. Desta forma, não podemos apenas reivindicar ao governo e a reitoria a equiparação das bolsas a um salário mínimo se não fizermos a ratificação de qual caráter de bolsa queremos.
Em suma, infelizmente, é esse o caráter da Bolsa Trabalho espalhado em várias Universidades e Institutos Federais. Porém, há possibilidades de mudanças! Cabe a nós bolsistas trabalho, estudantes, nos organizarmos e tocarmos uma pauta acertada em defesa do “trabalho de estudo e não de servidor”, em defesa da Assistência Estudantil com qualidade e quantidade, que possa garantir aos filhos da classe trabalhadora o direito de ACESSO ao tripé da universidade (ensino- pesquisa- extensão) e a PERMANÊNCIA com condições dignas e satisfatórias. Além disso, temos a possibilidade de uma articulação com as entidades nacionais dos técnicos administrativos (FASUBRA, SINASEFE), bem como com as centrais sindicais (CUT, CTB e CSP- CONLUTAS) as quais têm em seu bojo a luta contra a precarização do trabalho.
Por fim, o Conselho de Bolsista Trabalho deseja uma boa luta unitária e que essa reivindicação também possa amadurecer a possibilidade de se criar um mecanismo combativo( a exemplo do conselho de bolsista trabalho da UFS e da UFES) a precarização do Trabalho, a garantia da Assistência Estudantil e a defesa da Universidade Pública e dos institutos federais.
13 de agosto, São Cristóvão- Sergipe
Nenhum comentário:
Postar um comentário